Pesquisadores do Instituto de Botânica (IB) localizaram três espécies de plantas exóticas e perigosas (Leucaena leucocephala, Murraya paniculata, Pittosporum undalatum Vent) no trecho sul do Rodoanel.
O instituto orienta que as mesmas sejam eliminadas para evitar o risco de produzir mudas que serão utilizadas no Projeto de Reflorestamento de áreas degradadas. Também não é recomendado o plantio, nem a manutenção dessas espécies em qualquer outra área porque prejudicam as demais plantas. Outra recomendação é a coleta e a incineração das sementes para evitar a propagação.
Elas podem comprometer a floresta nativa por serem invasoras, agressivas e competitivas, alerta Luiz Mauro Barbosa, coordenador do Projeto de Reflorestamento do Instituto de Botânica. Os três exemplares receberam a classificação de “contaminante biológico”.
A descoberta ocorreu durante análise do material proveniente da colheita de sementes encaminhadas ao Botânico. As três espécies arbóreas/arbustivas exóticas apresentam diversos problemas.
Barbosa informa que o IB tomou todas as providências para orientar o Dersa, construtoras e prefeituras por onde passará o Rodoanel (Embu, Itapecerica da Serra, São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá) sobre os cuidados necessários com essas plantas já que oferecem riscos à floresta. “Ninguém vai querer que a disseminação ocorra”.
A recomendação é necessária já que serão reproduzidos três milhões de mudas para reflorestar 1.016 hectares como forma de compensar o desmatamento. O coordenador acrescentou que além da orientação há visitas aos locais e acompanhamento dos trabalhos.
Raras e perigosas – Popularmente conhecida como Leucena, a Leucaena leucocephala, além de exótica é extremamente agressiva. Da família das Leguminosae, é competidora e ocupa o local das espécies nativas.